Violência, Cuidado e Colonialidade: Megaoperação no Rio de Janeiro em 2025

Este artigo analisa a megaoperação policial realizada em 2025 nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, articulando-a a três eixos teóricos: democracias de cuidado, securitização e corpo-território. Argumenta-se que a operação não constituiu um evento isolado, mas a expressão de uma lógica estatal estruturada pela negligência de cuidado pela militarização da segurança pública e pela continuidade da colonialidade sobre corpos e territórios racializados. A partir da ética do cuidado de Joan Tronto, demonstra-se que o déficit democrático brasileiro está intrinsecamente ligado à distribuição desigual do cuidado e à persistente exclusão de populações negras, indígenas e periféricas. Com base na teoria da securitização e na necropolítica, discute-se como o discurso da "guerra às drogas" legitima práticas de exceção e transforma favelas em espaçoes permanentemente vulneráveis à violência estatal. Por fim, mobiliza-se o conceito de corpo-território para evidenciar como intervenções violentas reproduzem dinâmicas coloniais de controle e desterritorialização. Acesse o artigo completo aqui:

CACHOEIRA - 11ª EDIÇÃO - PT.pdf

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