Cruzando as fronteiras da academia
Diálogos Transatlânticos
De Paris à Amazônia, o programa “Diálogos Transatlânticos” da Pour Le Brésil possui como objetivo constituir uma frente de intercâmbio acadêmico e cultural promovendo um espaço de diálogo entre estudantes amazônicos e estudantes da Sciences Po Paris. Nosso programa de bolsas é uma oportunidade de dar protagonismo para a juventude amazônica na Europa, promovendo suas demandas e propostas, além de propor um programa de capacitação para lideranças atuais e futuras da região. Além disso, também queremos que estudantes da Sciences Po possam aprender e entender a realidade amazônica com pessoas que se encontram lá, vivendo os desafios da região.
SOBRE O PROGRAMA
Os Diálogos Transatlânticos acontecerão presencialmente durante o mês de julho de 2023, concomitantemente às aulas da Escola de Verão da Sciences Po e liderados conjuntamente pela equipe Pour Le Brésil.
O projeto contempla a seleção de 05 universitários da região amazônica por meio de processo seletivo detalhado em edital, para o programa “Summer School” da Sciences Po e para eventos paralelos como conferências, mesas redondas e debates com a participação dos selecionados.
PARTICIPANTES
O programa Diálogos Transatlânticos ocorrerá presencialmente durante o mês de julho de 2024, no período das aulas da Summer School da Sciences Po.
Dentre os inscritos, foram selecionados cinco estudantes universitários provenientes da região amazônica, por meio de minucioso processo seletivo. Os selecionados terão a oportunidade de participar do prestigiado programa "Summer School" da Sciences Po, além de integrarem eventos paralelos, como conferências, mesas redondas e debates, nos quais suas vozes serão valorizadas.
O processo seletivo envolveu a análise de 203 inscrições e a realização de 37 entrevistas criteriosas, resultando na seleção final de cinco jovens.
Saiba mais sobre os selecionados:
Bianca Miranda
Graduanda do 9º semestre do curso de direito no Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA). Membro da Clínica de Direitos Humanos do CESUPA. Pesquisadora da área de direito internacional dos direitos humanos. Ex-coordenadora do projeto de extensão Ilhas Legais, que promove auxílio jurídico gratuito para comunidades ribeirinhas e quilombolas. Ex-coordenadora da Liga Acadêmica Jurídica do Pará. Tem experiência de voluntariado em projetos em prol da democratização da educação, da defesa de grupos vulneráveis e da conscientização dos direitos das minorias.
Davison Sicsu
Davison Sicsu é orgulhosamente filho de uma família ribeirinha de Parintins, no Amazonas. Sicsu é bacharel em Administração pela Universidade do Estado do Amazonas e pós-graduando em Direitos Humanos. Ao longo dos últimos 12 anos, sua carreira vem sendo dedicada a atuar na área de Direitos Humanos e impacto social, tendo experiência em organizações da sociedade civil, organismos internacionais e agências da ONU. Poliglota, Davison Sicsu utiliza os idiomas que domina para atuar internacionalmente como ativista pelos direitos da comunidade LGBTQIA+, equidade de gênero, desenvolvimento sustentável da Amazônia e expansão do protagonismo juvenil na política.
Gio D'Angelo
Gio D’Angelo nasceu em Manaus - Amazonas. É biólogo formado pela Universidade Federal do Amazonas, onde realizou pesquisas sobre a ecologia e diversidade de borboletas da Região Amazônica. Atualmente, é discente de mestrado em Entomologia no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), onde trabalha com mirmecologia, o estudo a respeito da biologia, ecologia e taxonomia de formigas. Além disso, Gio é artista visual independente, de modo que utiliza principalmente a técnica nanquim para representar insetos da fauna Amazônica através de uma visão artística e imersiva. Como pessoa trans não-binária, Gio participa de coletivos ativistas a favor dos direitos, permanência e visibilidade de pessoas LGBTQIAP+ em instituições de ensino superior.
Mariana Malheiros
Mariana Malheiros, de 21 anos, é amapaense e vive há 3 anos em Alter do Chão, no Pará. É graduanda em Ciências Ambientais pela Universidade Federal do Oeste do Pará e estuda a biodiversidade das trilhas ecoturísticas da FLONA de Tapajós. Ativista e educadora ambiental no Instituto Mureru Eco Amazônia, conduz rodas de conversa e palestras sobre as águas e justiça climática para jovens de escolas da rede pública de Santarém. É percussionista de carimbó, atua na cultura popular de Alter do Chão, e co-fundou o Coletivo Potira, que produz vídeo-denúncias sobre os impactos ambientais e os mais afetados pelas mudanças climáticas no oeste do Pará.
Olga Barros
Olga Barros tem 22 anos e é de São Luís do Maranhão. É Coordenadora Executiva do Centro Cultural e Educacional Mandingueiros do Amanhã, graduanda em Direito pela Universidade Federal do Maranhão, Diretora de Eventos Culturais e Ações Sociais no Centro Acadêmico do respectivo curso, pesquisadora, militante pelos direitos humanos e percussionista. Enquanto coordenadora dos Mandingueiros, busca preservar e transmitir o conhecimento ancestral da Capoeira Angola e das mais diversas manifestações culturais do estado do Maranhão, para crianças e adolescentes, em São Luís/MA e em comunidades quilombolas, o que permite que vivencie de perto as reflexões que a cultura tem nas vidas de crianças e jovens, e o respectivo impacto em seu relacionamento com o conhecimento ancestral, com o meio ambiente e com a sociedade.